O Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA) contabilizou, entre 01 de janeiro e 15 de novembro deste ano, 28 mulheres mortas, 22 das quais no contexto de relações de intimidade.
Os dados recolhidos pela OMA e pela UMAR – União das Mulheres Alternativa e Resposta mostram que dos 22 femicídios, 13 foram cometidos em relações de intimidade atuais e nove em contexto de relações passadas. O relatório preliminar clarifica que em 12 dos 22 femicídios existia violência prévia contra a vítima.
Em conferência de imprensa, Frederica Claro de Armada, da UMAR, traça o perfil da vítima:
Sobre o ofensor, o relatório mostra que a maioria (19) tem idades entre os 24 e os 64 anos, com maior expressividade nos 36 aos 50 anos. Onze estavam empregados e 15 tinham filhos.
O vice-presidente da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), Manuel Albano, diz que é preciso mudar o paradigma:
Cátia Pontedeira, investigadora da UMAR, sublinha que é preciso prevenir o femicídio:
Entre 1 de janeiro e 15 de novembro deste ano, o OMA registou ainda 48 tentativas de assassinato, sendo que 35 delas foram tentativas de femicídio e 13 tentativas de assassinato em outros contextos.