O presidente da Câmara Municipal de Góis afirmou, esta terça-feira, que o erro do passado, no que respeita à construção do Metrobus, prejudicou o concelho e acentuou a recessão demográfica, salientando que “esse tipo de transporte poderia potenciar o desenvolvimento de outra forma”.

Em entrevista à MundialFM, Rui Sampaio reconheceu que o prolongamento do Metrobus para Góis é o troço mais caro, implicando um investimento de 108 milhões de euros, “um número muito exagerado”.

“Temos que pensar que há muita autoestrada feita, por muitas localidades, neste país, que não tem qualquer rentabilidade e o Orçamento de Estado vai suportando. Tem de haver o princípio da solidariedade e, neste caso, será intermunicipal”, corroborou, defendendo que o prolongamento da “área metropolitana de Coimbra” para os territórios do interior vai potenciar um melhor desenvolvimento.

A partir de abril, o executivo goiense vai assumir a transferência de competências na área da ação social. De acordo com o autarca, o Município tem trabalhado bem no setor social, apoiando diversas famílias e melhorando o “regulamento de apoios municipais às famílias, estudantes e natalidade”.

Relativamente às obras projetadas, Rui Sampaio deu conta de que muitas acabaram por não iniciar no ano passado, devido à “conjuntura económica, inflação, dificuldade em adquirir materiais, por causa da guerra, e, ainda, as questões como a contratação pública”. Contudo, pretendem levar a cabo essas empreitados no início deste ano.

Quantos aos eventos previstos para 2023, mantém-se a Concentração Moto Turística, as Festas do Concelho e o Góis Oroso Arte. Tratam-se de “atividades que potenciam o interesse e divulgam a região e servem para trazer visitantes”, começa por dizer o presidente da Câmara, explicando que “o número de visitantes serve para o cálculo do valor que nos é transferido em termos de Orçamento de Estado”.

Recorde a entrevista na íntegra: