O presidente da Câmara Municipal de Mira considera que o ano de 2022 foi muito importante para o concelho, devido aos fundos comunitários, que permitiram a execução de vários projetos.

Em declarações à MundialFM, Raul Almeida avançou que Mira “depende muito de fundos comunitários para fazer investimentos estruturantes e estruturais”, evidenciando a importância do fim de um ciclo de fundos comunitários.

Ao longo destes anos do Portugal 2020 “algumas obras e concurso públicos foram lançados, nomeadamente a ampliação do Polo I e da Zona Industrial de Montalvo, que vai permitir ter, no total, 50 hectares de novos lotes disponíveis para fixar as indústrias”, vincou. Espera que o auditório Atrium Mira, com capacidade para 250 pessoas e a requalificação da escola secundária fiquem concluídos ao longo deste ano, mas “só com os fundos comunitários é que conseguimos”.

O presidente da Câmara avançou que o ano arrancou com uma boa notícia: “a aprovação, com o PRR, do projeto de requalificação do Centro de Saúde de Mira. Já lançamos o concurso público e queremos, durante 2023, iniciar as obras para terminar em abril de 2024”, explicou. Trata-se de uma estrutura com 40 anos e degradada.

Este novo ano acarreta vários desafios, sobretudo com a entrada em vigor do novo quadro comunitário. Para o autarca de Mira, em causa está a “preparação do novo ciclo de fundos comunitários, projetos para o futuro e definirmos o que são os projetos do próximo ciclo de financiamento”.

A Praia de Mira é um ex libris da Região Centro e veste há 36 anos consecutivos a ‘Bandeira Azul’. De modo a manter este reconhecimento, o Município afeta uma grande parte do orçamento à época balnear.

“Uma fatia grande do investimento que fazemos, cerca de 100 mil euros, destina-se aos nadadores salvadores, à segurança da praia e apoio para os bombeiros voluntários, para termos sempre duas ambulâncias disponíveis na praia de mira durante a época balnear”, justificou.

Relativamente à área da floresta, o Município à beira mar iniciou, no ano transato, um projeto de reflorestação, que consiste em plantar o maior número de árvores.

Relativamente à situação de inflação, Raul Almeida explicou que “tal como as famílias, os municípios também sofrem com a inflação e o preço das energias. Temos de fazer uma gestão rigorosa como até aqui, o estado central tem de nos dar o apoio nessas reduções tarifárias para termos mais possibilidades de apoiar as famílias, visto que temos o nosso orçamento controlado”.

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