Portugal destaca-se de entre os países da União Europeia com mais dias de trabalho perdido, com as ausências ao trabalho a dispararem 67%, em comparação com o ano anterior. À nossa frente só mesmo Espanha e Itália, segundo os novos microdados divulgados pelo Eurostat.

Feitas as contas, houve, no ano passado, menos 175 milhões de dias trabalhados no país, o que equivale a mais de 70 milhões de dias de ausência, quando comparados com o ano anterior.

As mulheres foram as que mais ausências ao trabalho somaram, representando 58%. Esta situação pode ser justificada com a necessidade de dar apoio à família, uma vez que as escolas estiveram encerradas.

O ‘lay-off’ no segundo trimestre do ano passado, em que estiveram ausentes mais de um milhão de trabalhadores, é uma das principais razões para os números a ausência dos trabalhadores ao longo do ano.

Já no último trimestre do ano, foram as baixas por doença a originarem praticamente metade das ausências.

De entre os países com menor impacto em termos de perda de dias de trabalho estão a Finlândia e os Países Baixos, onde as ausências ao longo do ano subiram apenas 8% relativamente ao ano anterior.