Esta segunda-feira o preço dos combustíveis vai subir pela 36.ª vez este ano. A subida, de 1,5 cêntimos, anula o impacto da descida do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) anunciado pelo Governo e que vai vigorar até ao último dia do ano.

São vários os setores económicos preocupados com a escalada dos combustíveis. Em entrevista à RTP, o porta-voz da Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias destaca que o setor enfrenta desde 2019 o “o maior aumento salarial da história desde o 25 de abril”:

André Matias de Almeida sublinha que estes aumentos constantes dos preços dos combustíveis fazem com que Portugal perca a sua competitividade por comparação com Espanha:

O responsável da ANTRAM saúda a redução do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) por parte do Governo, mas considera que não é suficiente e que tem “um impacto muito reduzido, porventura nulo”:

Em declarações ao mesmo canal, o presidente da Antral, Florêncio Almeida sublinha que o aumento do preço dos combustíveis é “muito penalizante” para o setor do táxi:

No início da pandemia, o barril de petróleo chegou a mínimos de 21 dólares. A partir daí foi sempre a subir, mas a um ritmo lento. Começou a acelerar com a abertura das economias e na sexta-feira já ultrapassava os 84 dólares.

Este mês, Portugal tinha a sétima gasolina mais cara da União Europeia. No gasóleo, num mês, Portugal passou de sexto para nono lugar.