Foi com o musical Amália, Dona de Si – o Musical, que iniciou o XXIII Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede, que até abril levará 17 grupos e mais de 300 atores a diversos palcos do concelho. O certame, recorde-se, foi interrompido em 2020 e não se realizou nos dois anos seguintes, devido à pandemia da Covid-19.

O Multiusos de Febres foi o palco escolhido para este arranque, com um espetáculo construído em torno dos episódios mais marcantes da vida e do legado de Amália Rodrigues.

Ao intervir na abertura do ciclo de teatro, a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, começou por agradecer “às centenas de pessoas dos 17 grupos que durante 3 meses irão percorrer o concelho a mostrar a sua arte”, recorrendo a uma conhecida frase do dramaturgo alemão Bertolt Brecht para os elogiar. “Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons, mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis”, citou, adiantando: “vocês são estes imprescindíveis e quero agradecer-vos, pois utilizam o vosso tempo em prol dos outros, do nosso bem-estar”.

A autarca acredita que esta será uma edição inesquecível, também porque marca o regresso das artes cénicas e do convívio que estas proporcionam. Mas não só. “O que se pretende é a partilha de experiências, quer no que diz respeito ao desenvolvimento artístico e técnico das produções teatrais, quer no que tem a ver com a formação de novos públicos”, adiantou, antes de entregar de uma lembrança aos grupos participantes.

O espetáculo Amália, Dona de Si – o Musical deixou rendida uma plateia com cerca de 700 espetadores, onde além do executivo municipal também marcaram presença o presidente da Assembleia Municipal, João Pais de Moura, e diversos autarcas de freguesia.

A dramaturgia e a encenação deste musical tiveram a assinatura de Jaime Monsanto e a interpretação esteve a cargo do ator Diogo Carvalho, que surgiu em palco acompanhado por Pedro Ferreira, ao piano, e Ricardo Silva, na guitarra portuguesa. A voz de Amália, extraída de gravações, foi um dos elementos-chave no desenrolar da ação.

A apresentação de Amália, Dona de Si – o Musical contou com a organização do Município de Cantanhede, em parceria com a Gira Sol – Associação de Desenvolvimento de Febres.

Grupos Participantes

– Grupo de Teatro “As Fontes do Zambujal” – Associação Juvenil do Zambujal e Fornos

– Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” – Murtede

– Grupo de Teatro, Arte e Cultura da Associação Musical da Pocariça

– Grupo de Teatro “Renascer” do Centro Social de Recreio e Cultura da Sanguinheira

– Grupo de Teatro Cordinha d’Água do Grupo Folclórico “Os Lavradores” de Cordinhã

– Grupo de Teatro Amador da Tocha da Associação Recreativa e Cultural 1.º de Maio

– Grupo de Teatro Amador da União Recreativa de Cadima

– Grupo de Teatro da ACDC – Associação Cultural e Desportiva do Casal

– Grupo de Teatro da Associação do Grupo Musical das Franciscas

– Grupo de Teatro S. Pedro, Cantanhede

– “Novo Rumo” – Teatro de Amadores de Ançã

– Pequenas Vozes de Febres

– Grupo de Teatro “Os Esticadinhos”

– Grupo Cénico do Clube União Vilanovense

– Bombarda – Companhia de Teatro

– Grupo Resistência Teatro e Produções – Associação Cultural e Recreativa de Cordinhã

– Ekos – Grupo de Teatro (Associação Orfeão Vox Caeli de Cantanhede