A jornalista e analista política Constança Cunha e Sá morreu esta terça-feira, aos 67 anos, confirmou a SIC. Nascida a 23 de agosto de 1958, em Lisboa, iniciou a carreira no jornalismo em 1988, aos 29 anos, como integrante da primeira geração da revista Sábado, depois de ter sido professora de Filosofia.
Ao longo de mais de três décadas, Constança Cunha e Sá foi uma das vozes mais influentes do comentário político em Portugal. Dirigiu o semanário O Independente, foi editora de política na TVI, redatora-principal no Diário Económico e colaborou com publicações como Público, Correio da Manhã, Jornal de Negócios e jornal i. Nos últimos anos, manteve presença regular como comentadora televisiva.
Recentemente, apoiou publicamente a candidatura de António Filipe às eleições presidenciais do próximo ano.
A notícia da morte gerou várias reações. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, descreveu-a como “inteligente, culta, frontal, com tanta ironia quanto exigência”, afirmando que nela “encarnou o escrúpulo jornalístico” e que era “demasiado humana para o nosso tempo”.
Constança Cunha e Sá deixa uma marca de independência, frontalidade e intervenção crítica na vida pública portuguesa.


