O ano de 2023 contém vários desafios para os Municípios. Além da inflação, causada pela guerra da Ucrânia, o fim do Portugal 2020 e o início de um novo quadro comunitário e a transferência de competências na área social, o concelho de Montemor-o-Velho abraça vários desafios nas áreas da saúde, educação, ambiente e turismo.

Em entrevista à MundialFM, o presidente da Câmara disse, esta segunda-feira, que a criação de um Espaço Multiusos é um dos projetos que “gostaria de deixar concluídos” antes de terminar o seu último mandato.

“Nós não temos nenhum espaço para teatro e eventos, que tenha capacidade a albergar espetáculos culturais, musicais e, até, eventos institucionais”, começou por indicar Emílio Torrão. Este espaço vai nascer no ‘Edifício Letra’, cujas obras de recuperação vão arrancar “mesmo sem financiamento comunitário, na expetativa que depois venha a ser integrado”.

Este ano, servirá, também, para homenagear o montemorense Fernão Mendes Pinto, que atrai turistas a este concelho do distrito de Coimbra. Emílio Torrão acredita que a Praça do Arco dos Anjos ficará concluída, em 2023, com a colocação de uma estátua de grandes dimensões, em honra deste conterrâneo.

“Fernão Mendes Pinto é uma personagem muito importante para nós e que não teve nenhum tratamento, ao longo destes anos todos. Não existe nada na vila que sinalize o local onde nasceu”, referiu.

A par disto, o autarca referiu que serão dados os primeiros passos na criação de um circuito virtual, ao longo da vila, “onde vamos evocar algumas das façanhas, das peregrinações e de Fernão Mendes Pinto”.

A recuperação dos Paços do Concelho é outros dos objetivos. Apesar da reformulação da instalação elétrica led, o executivo montemorense pretende investir no isolamento térmico e na recuperação do Salão Nobre.

Montemor destaca-se, ainda, pelo investimento em equipamentos amigos do ambiente. Desta forma, aguarda a receção de quatro veículos elétricos, mantém a aposta na recolha seletiva de bio resíduos e vai promover a compostagem doméstica e comunitária.

Em primeiro plano estão projetos como a remodelação da Escola Santos Bessa, da Carapinheira, a intervenção para melhoria nas condições de acesso aos cuidados de saúde primários, a recuperação de edifícios para habitação e a ampliação do parque industrial de Arazede.

No turismo, Montemor-o-Velho detém dois “grande projetos”: a conclusão da obra de recuperação das galerias do Convento dos Anjos e a conclusão do espaço Centro Interpretativo Virtual do concelho.

Nesta entrevista, Emílio Torrão levantou a ponta do véu e, ainda que não seja uma obra para 2023, o autarca contou que esteve reunido com a Infraestruturas de Portugal e conheceu o traçado da variante que irá ligar a rotunda do Centro Náutico à rotunda Alves Barbosa. Trata-se de uma obra que implica um investimento de mais de 24 milhões de euros.

“Tivemos pela, primeira vez, acesso ao traçado. Deixamos sugestões e vamos reformular algumas questões, mas, pela primeira vez, vimos o futuro traçado dessa variante, que, se calhar, não vou conseguir fazer nos próximos dois anos, mas que será uma realidade para Montemor-o-Velho”, garantiu o presidente da Câmara.

Recorde a entrevista na íntegra: