Uma semana depois do arranque oficial das aulas, milhares de alunos das escolas públicas continuam sem professores a, pelo menos, uma das disciplinas. Em declarações aos jornalistas, o ministro da Educação admite que o problema existe, mas garante que o Governo está a fazer tudo para colmatar as dificuldades e a resolver a carência de docentes semana a semana:

João Costa estima que 3% das turmas estejam a enfrentar problemas com a falta de docentes:

Era o ministro da Educação a fazer a atualização da escassez de professores, numa visita a um estabelecimento de ensino. Uma semana depois do arranque do novo ano letivo, ainda há milhares de alunos sem professor a, pelo menos, uma disciplina. Entretanto, nas últimas duas semanas, a Federação Nacional de Professores fez um levantamento junto de mais de duas centenas de agrupamentos e escolas, dos 800 que existem no país ,e verificou que a maioria arrancou o ano letivo com falta de pessoal. Ouvido pela Antena 1, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, afirma que o problema da falta de professores está longe de estar resolvido:

Nesta entrevista à rádio pública, Mário Nogueira lembrou ainda que vai ser preciso juntar a estas falhas os 400 professores que se devem reformar até ao final do ano. A outro nível, a Rádio Renascença avança, esta terça-feira, que o Estado continua a reter milhares de euros das escolas. Em causa estão as receitas próprias das instituições de ensino, conseguidas com as vendas nos bares ou o aluguer de espaços, que, no final de cada ano civil, são encaminhadas para os cofres do Governo. Essas verbas deveriam ser devolvidas às escolas no início do ano civil seguinte, mas essa devolução acontece cada vez mais tarde, com prejuízo para os estabelecimentos de ensino, como adianta Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas:

As queixas de Filinto Lima, ouvido pela Rádio Renascença, a propósito da não devolução às escolas, das receitas entregues, em dezembro, ao Estado.