Intervenção florestal na Serra do Açor, Condomínio de Aldeias, Metrobus, situação socioeconómica que o mundo atravessa e Orçamento Municipal de Arganil são alguns dos assuntos abordados na entrevista ao presidente da Câmara Municipal de Arganil, ao programa ‘Clube da Tarde’, da MundialFM.

O presidente da Câmara Municipal de Arganil afirmou, esta quarta-feira, em declarações à MundialFM, que este concelho, do distrito de Coimbra, está a implementar, na Serra do Açor, o ‘projeto de intervenção florestal mais bonito que está a acontecer no país’. Esta intervenção abrange uma área de 2 mil e 500 hectares, “financiado, na totalidade, por um dos principais grupos económicos portugueses”, acrescentou Luís Paulo Costa.

A semente deste projeto de intervenção florestal e preservação da biodiversidade foi lançada no ano transato e, de acordo com Luís Paulo Costa, em termos de rearborização, o território conta já com cerca de 600 mil árvores a mais.

O autarca explicou, ainda, que este projeto “está em implementação durante sete anos e terá acompanhamento e manutenção durante 40 anos no território”. Trata-se de “um projeto muito sólido, muito robusto, com uma intervenção global de cinco milhões de euros, algo de que nos orgulhamos em Arganil”, afirmou.

Paralelamente, está a decorrer um outro projeto no concelho, intitulado de condomínio de aldeias, no qual Arganil se destaca por ser o Município com mais condomínios (24), fruto das 11 candidaturas aprovadas. Segundo Luís Paulo Costa, esta iniciativa “está relacionada com a floresta, mas com uma abordagem distinta: tem a ver com a segurança das aldeias, principalmente aquelas que estão próximas da floresta, no sentido de acautelar as respetivas faixas de proteção”. 

A construção do Metrobus com ligação a Arganil, ainda que não esteja terminada em 2023, é um dos anseios do Município, até porque “faz parte da história contemporânea dos últimos 130 a 140 anos do concelho”, começou por referir Luís Paulo Costa. “Nós sentimo-nos enganados, porque, ainda no tempo da monarquia, foi atribuída a concessão para a construção da linha de caminho de ferro até Arganil. As vicissitudes fizeram com que o Estado tenha gastado muito dinheiro e a obra ficou pela metade. Mas com a reformulação do Sistema de Mobilidade do Mondego entendemos que temos hoje condições e o direito de ter a história recomposta e beneficiar deste Sistema de Mobilidade do Mondego”, sustentou.

Relativamente à atual conjuntura socioeconómica que o mundo enfrenta, o autarca de Arganil mostra-se preocupado. “O efeito do aumento da inflação está a ter um impacto na vida e nas instituições. Esta escalada de preços consubstancia uma redução grande de capacidade financeira de todos e está a criar constrangimentos muito grandes. É algo que nos assusta de forma significativa”, avançou, sublinhando que não ignoram que “os tempos que se perspetivam não serão fáceis para ninguém. É importante que os fundos de Plano de Recuperação e Resiliência comecem a chegar aos territórios”, rematou.

Para 2023, há vários desafios que o Município de Arganil vai enfrentar, entre eles, o presidente referiu os “projetos decisivos que estão a acontecer”, destacando a intervenção na galeria hidráulica, que atravessa a avenida principal da sede do concelho, a reabilitação do espaço público, a aposta no comércio, no turismo, nos bairros digitais, em intervenções relacionadas com a rede de praias fluviais. Ainda destaque para a Proteção Civil e luta contra incêndios, como o novo Centro Municipal de Proteção Civil, a entrar em fase de conclusão, a rede viária municipal e a aposta numa política fiscal atrativa para as pessoas e famílias.

Recorde a entrevista na íntegra: