A inflação que tem vindo a afetar os Municípios de norte a sul do país, desde que começou a guerra na Ucrânia, reflete uma perda de 12 milhões de euros no orçamento da Autarquia de Coimbra. A informação foi avançada, esta terça-feira, pelo presidente da Câmara, em entrevista à MundialFM.

José Manuel Silva disse que o Município perdeu, “em 2022, seis milhões de euros por causa do aumento da inflação e do custo dos materiais, combustíveis e energia”, prevendo um impacto negativo igual para 2023. No total, “perdemos 12 milhões de euros no nosso orçamento em capacidade de investimento. Tem um impacto brutal e, por isso, este ano, fomos obrigados a elaborar um orçamento de grande rigor e que teve de acomodar o processo inflacionário, afetando o que era o nosso planeamento inicial”, sustentou.

Mas nem tudo é negativo, o autarca congratulou-se com a rapidez com que a reestruturação da Câmara ficou completa. “Em tempo recorde fizemos uma profunda reestruturação da Câmara de Coimbra para enfrentar os desafios do futuro: descentralização, atração de investimento, melhoria das acessibilidade, melhoria dos transportes coletivos de Coimbra e para criação de emprego”, vincou.

Entre as várias mudanças, José Manuel Silva avançou que foi dada atenção às questões sociais, com a criação de um departamento de ação e habitação social.

Relativamente ao projeto do Metrobus, o edil indicou que “está a andar com algumas modificações”, que na Praça 25 de Abril foi criada uma nova praça, onde triplicou o “número de árvores e criamos uma nova rotunda. Vai nascer uma nova cidade em termos de mobilidade, lazer, arvorismo, da circulação automóvel e, futuramente, ciclável”, afirmou.

Apesar das adversidades dos últimos anos, José Manuel Silva garantiu que o executivo está preparado “com uma nova dinâmica, para enfrentar os novos desafios nas várias áreas onde nos propusemos a desenvolver Coimbra para a atração de investimento e criação de emprego, que fixe e atraia jovens para residir no concelho de Coimbra. Um concelho excecional em termos de educação, o maior Centro Hospitalar Universitário do país, excelente localização, concelho com história, cultura, património mundial e um rio magnifico”, rematou.

Recorde a entrevista na íntegra: