O plano de recuperação e resiliência que o governo enviou à comissão europeia prevê concentrar urgências e reduzir a despesa da Saúde, com restrições financeiras já a partir do próximo ano. O plano prevê articular as urgências de Lisboa e Porto, com partilha de serviços e recursos humanos, incluindo médicos de hospitais diferentes.

Os administradores hospitalares falam numa “reedição da troika” que recupera medidas como a reconfiguração da rede hospitalar, que chegou a estar prevista no resgate de 2011 e numa portaria renovada em 2015.

O Governo de António Costa compromete-se com limites à despesa e mais fiscalização, não só do Ministério da Saúde, como das Finanças e do próprio primeiro-ministro, que promete envolver-se, pressionando ministros, de acordo com o semanário.

O Governo reconhece riscos, desde logo na estabilidade política e sobretudo se os hospitais não aderirem à estratégia, que quer impor a contratualização interna em todos os hospitais públicos e avaliações regulares num novo regime de incentivos, que os gestores hospitalares temem que venha prejudicar ainda mais os profissionais de saúde.