Apesar do Governo ter decretado que este ano não havia tolerância de ponto para os funcionários públicos no Carnaval, são muitos os municípios que dispensam os seus funcionários, esta terça-feira, mas pedem aos habitantes que se mantenham em casa e assistam às iniciativas ‘online’.

No distrito de Viseu, por exemplo, os caretos da aldeia de Lazarim, no concelho de Lamego, não podem andar à solta pelas ruas, mas estarão expostos à porta de cada um dos moradores.

Em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal, a organização da tradicional “dança dos cus” pede que os habitantes se fantasiem e a façam em família, filmando para que os vizinhos possam interagir através das redes sociais.

Ainda no Centro do país, os corsos carnavalescos de Estarreja, Ovar e Mealhada, em Aveiro, da Figueira da Foz, em Coimbra, e de Torres Vedras, em Lisboa, não vão realizar-se, apesar de estarem previstas várias iniciativas, segundo a Rede de Cidades de Carnaval da Região Centro.

Na Mealhada, a tradicional festa está a comemorar meio século. Mas, desta vez, não há margem para a realização de desfiles de Carnaval. As escolas de samba vão atuar apenas através da internet.

Apesar de, este ano, não haver o habitual cortejo luso-brasileiro, o presidente da Câmara, Rui Marqueiro, garante que o Carnaval nunca acabará, enquanto existirem escolas de samba:

No distrito de Leiria, apesar da tolerância de ponto, a Câmara da Nazaré desincentiva, este ano, qualquer iniciativa popular neste Carnaval, marcado pela espontaneidade nas ruas.

Na Guarda, o Carnaval também é assinalado com iniciativas ‘online’ e o tradicional Julgamento do Galo, com as devidas adaptações, poderá ser integrado num eventual programa de verão, segundo a Câmara local.

Já a Câmara de Proença-a-Nova, em Castelo Branco, apela à criatividade dos participantes através da decoração de máscaras cirúrgicas descartáveis, cujas fotografias são publicadas nas redes sociais do município.

As três mais votadas receberão vales para utilizar nos restaurantes do concelho.