O chefe do Estado-Maior da Armada reagiu, esta quarta-feira, ao processo disciplinar a 13 militares que se recusaram a cumprir missão.

Aos jornalistas, Henrique Gouveia e Melo disse que disciplina é a “cola essencial” das Forças Armadas e que a investigação ao processo de insubordinação no navio Mondego vai “acabar rapidamente”:

Já o primeiro-ministro, António Costa, salientou que ao chefe do Estado Maior da Armada cabe assegurar a disciplina e ordem nas suas forças e que foi aberto inquérito em relação aos militares que se recusaram a cumprir uma missão:

Por sua vez, o Presidente da República recusou dizer se o almirante Gouveia e Melo sai fragilizado face ao episódio provocado pelos 13 militares da Marinha. Marcelo Rebelo de Sousa disse que é preciso esperar pelo relatório da inspeção que está a ser realizada:

Recorde-se que, no sábado, 13 militares da marinha recusaram-se a embarcar no NRP Mondego para uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo, na Madeira, por falta de condições de segurança da embarcação.

Agora estão a ser alvo de um processo disciplinar. A Marinha considera que os operacionais não cumpriram os deveres militares, usurparam funções, competências e responsabilidades não inerentes aos respetivos postos e cargos.

Entretanto, o Governo autorizou a Marinha a proceder a uma despesa de 39 milhões de euros, entre 2023 e 2025, para adquirir serviços de manutenção de navios e “reparação e aquisição de sobressalentes”. Na resolução do Conselho de Ministros fica estabelecido que a Armada poderá proceder a uma despesa anual de 13 milhões de euros para os serviços em causa.