Os advogados do Governo do Reino Unido defenderam esta terça-feira perante o Royal Court of Justice, em Londres, a proibição da organização Palestine Action, classificada como grupo terrorista em julho. O executivo sustentou que a medida é uma “decisão proporcional” face à escalada das ações da organização.
Huda Ammori, cofundadora do grupo, recorreu da proibição, contestando a decisão que foi criticada por ONG de direitos humanos, pelo Conselho da Europa e pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).
Segundo os advogados do Ministério do Interior, a medida visa o interesse público e a preservação da segurança nacional. O Ministério sustenta que atos que causem “danos materiais significativos” podem constituir terrorismo, mesmo sem violência contra pessoas. A proibição impede o grupo de obter apoio financeiro e publicidade.

A Palestine Action, que já tinha atacado empresas de armamento como a israelita Elbit Systems e uma base da Royal Air Force britânica, causou danos avaliados em cerca de 7 milhões de libras (7,9 milhões de euros). Mais de 2.300 pessoas foram detidas por manifestações em apoio ao grupo desde a sua proibição.
O Governo britânico defende que a medida não limita a liberdade de expressão e que o apoio ao povo palestiniano continua possível sem recorrer às ações do grupo. A decisão final do tribunal será divulgada posteriormente.

