A Baixa da cidade de Coimbra tem vindo a ganhar vitalidade, à ‘boleia’ de um programa de atividades culturais variado, da resiliência dos moradores, para além de beneficiar também da fixação de novos moradores.
“A vida está a voltar progressivamente à Baixa da Cidade de Coimbra. A pouco e pouco, esta vida começa a criar raízes”, defendeu a presidente da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra.
Em declarações à agência Lusa, Assunção Ataíde evidenciou que o centro da cidade tem acolhido cada vez mais pessoas, sejam elas do concelho, de outros pontos do país ou do resto do mundo.
“A nossa expectativa é que a Baixa seja visitada pelo maior número de pessoas: crianças, pais e avós. Para isso, preparámos um conjunto de atividades variadas e ecléticas, com inúmeros atrativos para esta quadra”, referiu.
O pai e a mãe Natal foram as grandes atrações da tarde de hoje, mas o programa estende-se aos próximos dias.
“Ao fim de semana nota-se ainda mais gente nas ruas do que durante a semana. A adesão a estas iniciativas, levadas a cabo em parceria com a Câmara e Junta de Freguesia, tem sido grande”, realçou.
No seu entender, as atividades e os eventos culturais programados dão um impulso à cidade de Coimbra, que tem “imenso para mostrar e explorar” e “começa a marcar posição a nível nacional”.
“Este é o ano com mais atividades programadas para esta altura. Neste momento, em termos estatísticos, Coimbra é a segunda cidade do país com maior número de eventos culturais”, indicou.
A par das atividades culturais, também a resiliência dos comerciantes tem contribuído para o novo pulsar da Baixa da ‘cidade dos estudantes’.
“Alguns comerciantes começaram a alargar o seu horário [de funcionamento], bem como a diversificar produtos. Também temos tido outros comerciantes, com outro perfil mais dinamizador e proativo, que têm incrementado outra dinâmica”, sustentou.
A isto junta-se ainda o facto desta zona da cidade ter vindo a ganhar novos moradores.
“Temos alguns estrangeiros a viver no próprio centro da cidade e isso traz alguma vitalidade à Baixa, no período em que as lojas já se encontram encerradas. As lojas fechavam cedo e as pessoas queixavam-se do sentimento de alguma insegurança, porque a cidade se tornava vazia e obscura, mas agora quanto mais residentes tiver, maior a segurança”, considerou.
Exemplo disso é a Praça do Comércio que, ao final do dia ou início da noite continua a ter bastante movimento.
“A pouco e pouco a Baixa de Coimbra faz as pessoas acreditarem que vale a pena virem até esta zona da cidade. E nesta altura, até o S. Pedro tem estado a ajudar”, concluiu.
A Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), constituída em 2004, é uma Associação sem fins lucrativos que tem por objetivo a dinamização da Baixa de Coimbra enquanto local de comércio, lazer, cultura e turismo.