O PSD acaba de apresentar uma pergunta ao Ministro das Finanças sobre o encerramento de 23 balcões da Caixa Geral de Depósitos em todo o país, só no corrente ano. “Teve conhecimento do encerramento de 23 balcões da CGD em 2022? Foi o Senhor Ministro auscultado sobre este encerramento ou o Ministério das Finanças pronunciou-se, direta ou indiretamente, formal ou informalmente, em algum momento sobre o mesmo?  Foram as autarquias envolvidas ou informadas deste processo”, interroga o Grupo Parlamentar do PSD, num comunicado enviado à comunicação social.

Na pergunta, que tem como primeiro subscritor o líder parlamentar, Joaquim Miranda Sarmento, os deputados do do PSD sublinham que “o Ministério das Finanças não pode manter-se à margem do está a acontecer, dado que representa o acionista, por um lado, e, por outro, dada a existência de matéria de interesse público”.

O PSD começa por frisar que a Caixa Geral de Depósitos é uma das mais importantes instituições financeiras portuguesas, sendo o respetivo capital social detido pelo acionista único, o Estado português, pelo que “presta também um serviço público evidente, principalmente a pessoas com maior dificuldade no acesso à banca online, como os mais idosos”.

O PSD teve também conhecimento de que “a CGD pretende cobrar cerca de 500 euros por mês às Juntas de Freguesia que quiserem manter em funcionamento os ATM nos locais onde outrora existiam balcões”. “Este facto suscita perplexidade, dado o manifesto interesse público existente no acesso dos cidadãos aos meios automáticos de disponibilização de dinheiro e prestação de serviços de pagamento. Em muitas situações a população poderá ver-se privada deste acesso dentro das suas áreas de residência, o que consubstanciará, como salienta uma comunidade intermunicipal atingida por esta medida, um passo no desmantelamento de um serviço público essencial às populações de territórios despovoados, envelhecidos e de baixa densidade”, assinala o PSD.