Cerca de 70% dos residentes na região Centro estão globalmente satisfeitos com a sua vida, revela um inquérito de satisfação promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), tornado público hoje.
Em comunicado, a CCDRC indica que a 9.ª edição do Inquérito à Satisfação dos Residentes na região Centro, promovido no âmbito da monitorização do Barómetro Centro de Portugal, permite aferir que 67,5% dos residentes na região Centro estão globalmente satisfeitos com a sua vida.
“O inquérito mostra que os residentes ativos (empregados e desempregados) encontram-se mais satisfeitos do que os inativos (estudantes, domésticos e reformados). No que respeita aos residentes empregados, o grau de satisfação é tendencialmente mais elevado nas profissões mais qualificadas”, refere.
Também que o grau de satisfação é “tendencialmente maior, quanto mais elevadas são as habilitações escolares dos inquiridos”.
Na recolha deste ano, os residentes com mestrado, pós-graduação, doutoramento ou licenciatura são “os mais satisfeitos” e os residentes que concluíram o 1.º ciclo, os analfabetos ou que apenas sabem ler e escrever “os mais insatisfeitos”.
Entre os principais motivos de satisfação encontram-se “a qualidade de vida, ter um nível de vida estável, a vida familiar, ter emprego e ter saúde”.
Nos motivos de insatisfação, “as dificuldades financeiras/custo de vida elevado, as remunerações e reformas baixas e os problemas de saúde” são as três principais razões apontadas pelos inquiridos.
“A insatisfação com a situação profissional, entendida como insatisfação geral com o trabalho, falta de valorização profissional, de oportunidades de trabalho ou de perspetivas de futuro, a conciliação entre trabalho e lazer e a dificuldade no acesso aos serviços de interesse geral, designadamente a transportes públicos, aparecem, pela primeira vez, como causas de insatisfação”, realça a CCDRC.
Nesta edição do Inquérito à Satisfação dos Residentes na Região Centro foi novamente pedido aos jovens entre os 21 e os 34 anos que indicassem os três principais fatores que valorizam num território para nele viverem.
Os três fatores preponderantes identificados pelos jovens da região Centro para se fixarem num território são “a proximidade à família e amigos, a segurança e o custo de vida acessível”.
Segue-se o acesso a um “emprego digno e devidamente remunerado e o acesso à saúde e educação”.
Com menor relevância face aos restantes fatores, surgem “a oferta cultural e de espaços de lazer, um ambiente favorável ao empreendedorismo e inovação e, por último, a conectividade digital”.
Em 2022, 72% dos entrevistados consideraram-se globalmente satisfeitos, enquanto há dez anos, ano em que foi realizada a primeira inquirição na região (2013), a fasquia dos satisfeitos cifrava-se em 61,2%.