Está de regresso ao salão dos Bombeiros Voluntários, nos próximos dias 18 e 19 de fevereiro, a 4ª edição da Exposição de Orquídeas do concelho de Cantanhede. À semelhança das edições anteriores, a iniciativa é de participação livre e gratuita, e surge no âmbito de uma parceria entre o Município de Cantanhede, através do Gabinete Municipal de Apoio ao Agricultor e a Associação Portuguesa de Orquidofília (APO).

A 4ª Exposição de Orquídeas irá trazer a Cantanhede os melhores espécimes de orquídeas apresentados por expositores e por colecionadores privados que, ao longo dos anos, cultivam com todo o cuidado e afinco uma grande variedade de espécies e híbridos de orquídeas, possibilitando a que orquidófilos e público em geral possam usufruir de uma exposição requintada e diversificada. 

As orquídeas que estarão no evento serão facultados por expositores, associados e orquidófilos em geral, e poderão ser comercializadas, estimulando assim a venda de orquídeas por parte dos floricultores do concelho, este ano com a particularidade de proporcionar aos visitantes uma mostra nacional de orquídeas em flor.

A grande novidade desta edição será a apresentação de Bromélias, plantas epífitas que na natureza vivem em simbiose com as orquídeas, numa mostra em que os visitantes terão, uma vez mais, a oportunidade de contatar com um variado leque de orquídeas, tillandsias e suculentas. 

Os visitantes poderão também aprender mais sobre orquídeas assistindo à palestra “Cultivo do género Paphiopedilum”, por José Costa da APO, que se realiza no dia 18 de fevereiro, sábado, às 15h30. À mesma hora, mas no dia seguinte, domingo, 19 de fevereiro, será a vez de Nuno Raposo, da Tillanvis, apresentar o colóquio “Tillandsia, a evolução de uma Bromélia”. Ambas as apresentações têm por objetivo apresentar várias temáticas, com destaque para demonstrações práticas de cultivo de orquídeas, temperatura ideal para o seu plantio, humidade desejada por este tipo de plantas, substrato adequado, ou mesmo doença e praga que efetuam o seu desenvolvimento.

Recorde-se que na mostra estará uma expositora local que se dedica ao cultivo de suculentas juntando às suas plantas vasos resultantes de técnicas de artesanato bem como arranjos feitos com as mesmas.

A iniciativa contará também com a participação de dois espaços dedicados à venda de produtos regionais, designadamente A Lojinha da Quinta d’ Igreja, com vinhos, produtos alimentares, entre eles frutas e legumes da época, biscoitos, queijos, compotas, azeite, café e o famoso pão de trigo, folar da Póvoa da Lomba, e os Sabores Perfeitos, com a apresentação de frutos secos, biscoitos, compotas, mel e azeite.

A 4.ª Exposição de Orquídeas do Concelho de Cantanhede pode ser visitada das 11h00 às 19h00 de sábado (dia 18) e das 10h00 às 18h00 de domingo (dia 15).

Sobre as orquídeas

Estão identificadas no mundo mais de 50 mil espécies de orquídeas, um número que tem forte tendência em aumentar cada vez mais, pois muitos espécimes selvagens existentes nas florestas, nomeadamente tropicais que ainda esperam ser descobertos. As suas formas raras e exóticas, marcadas pela excelência, delicadeza e requinte, tornam as orquídeas uma flor rara e majestosa, capaz de encantar e apaixonar qualquer pessoa. 

Existem relatos históricos sobre as propriedades medicinais e místicas dessas flores, com destaque para a civilização astecas, por exemplo, ingeriam misturas de orquídeas e chocolate em busca de vigor e poder. Já na China, elas eram consumidas como se fossem um remédio para combater doenças respiratórias. Em Inglaterra do inicio do séc. XIX, durante o reinado da rainha Vitória, a orquídea é um símbolo de elegância, graciosidade e luxo.

As orquídeas em Portugal

Em Portugal estão identificados mais de cinco dezenas de espécies de orquídeas, espalhadas pelos mais variados locais do país, e embora não seja uma planta indígena do continente, nas ilhas, essencialmente na Madeira, existem três espécies nativas, com o destaque a ir para a godiera-da-madeira (Goodyera macrophylla), uma flor muito rara, que existe num local específico na ilha, e que, caso tenha alterações ao seu habitat se pode extinguir rapidamente.