Anunciaram esta quinta-feira, fontes citadas pela imprensa transalpina, que vários barcos de pesca italianos que navegam ao largo da costa líbia estiveram sob fogo da guarda costeira líbia, tendo ficado ligeiramente ferido um capitão de um deles.

Uma unidade da Marinha Italiana veio em socorro do capitão, que ficou ferido no braço, disse Quinci, presidente da Mazara del Vallo, que lembrou ser este o segundo incidente com disparos contra pescadores no espaço de uma semana.

Desde o início do século XX que os pescadores de Mazara del Vallo operam na apanha de camarão perto da costa da Líbia, em particular à procura do camarão “gambero rosso”, apreciado sobretudo por “chefes” de restaurantes ‘gourmet’ e cujo preço pode chegar aos 60 euros o quilo nas peixarias. Essa prática tem sido pontuada por muitos incidentes graves.

Pelo menos 18 pescadores da Sicília (oito italianos, seis tunisianos, dois indonésios e dois senegaleses) foram capturados no dia 1 de setembro de 2020 sob a acusação de pescar nas águas territoriais da Líbia. Acabaram por ser libertados pela Líbia em dezembro.

A tensão sobre os direitos de pesca aumentou a partir de 2005, quando o então líder líbio, Muammar Kadhafi, proclamou que a zona de pesca protegida se estendia por 74 milhas náuticas (quase 140 quilómetros) da costa, desafiando os padrões internacionais.