Os tesouros do património arqueológico do concelho de Oliveira do Hospital estiveram em destaque nos dias 17, 18 e 19 de junho, nas Ruínas Romanas de Bobadela e em Travanca de Lagos, no âmbito das Jornadas Europeias da Arqueologia.

A iniciativa, que em Oliveira do Hospital decorreu pelo segundo ano consecutivo, foi dinamizada pelo Centro Interpretativo de Bobadela, com atividades inovadoras e originais, dirigidas a vários públicos e com o intuito da sensibilização para a riqueza e a diversidade do património arqueológico e a cultural local.

Ao longo de três dias, foram dinamizadas várias actividades, entres elas, oficinas de epigrafia romana com decalque de inscrições, actividades de manufactura de tégulas, ou telhas romanas, iniciação à olaria em roda de oleiro, jogos tradicionais romanos e interpretação de artefactos arqueológicos.

A prospecção arqueológica de superfície nas cercanias de Bobadela, onde foi recolhido um conjunto significativo de material, foi outra das actividades desenvolvidas no âmbito das Jornadas Europeias de Arqueologia, que tiveram a participação de mais de uma centena de alunos, de escolas secundárias do distrito de Viseu e da ARCIAL.

Estes dias integraram ainda a realização de um percurso pedestre entre Bobadela e Travanca de Lagos, passando por Negrelos, onde alunos e técnicos da ARCIAL visitaram sítios arqueológicos, como as sepulturas escavadas nas rochas e o lagar rupestre da quinta do Gorgulão.

A caminhada culminou com um momento de confraternização e a confecção de pão e bolas em forno de lenha, no forno comunitário de Bobadela, seguido de um almoço no Centro Social António Fernandes Soares.

As Jornadas Europeias da Arqueologia são organizadas por meia centena de países europeus, incluindo Portugal, e ligam entidades ligadas à arqueologia que se mobilizam para dar a conhecer ao público o património arqueológico e os bastidores da arqueologia de cada território aderente.

Em Portugal, são coordenadas pela Direção Geral do Património Cultural, e visam sensibilizar a população para a riqueza do património arqueológico local, ajudando, assim, a aumentar a visibilidade da arqueologia e atrair novos públicos, não habituados a visitar os locais onde se pratica a arqueologia.