Pelo menos 33 pessoas morreram em Cuba desde julho devido a picadas de mosquitos infetados com os vírus dengue e chikungunya, informou o Ministério da Saúde. Entre as vítimas, 21 são crianças.
Segundo a ministra da Saúde, Carilda Pena, a maioria das mortes (21) está associada ao vírus chikungunya, caracterizado por febres altas e dores incapacitantes nas articulações. As restantes 12 mortes ocorreram devido à dengue. O surto de chikungunya começou na província de Matanzas e espalhou-se rapidamente por todas as 15 regiões do país, que tem cerca de dez milhões de habitantes.
O chikungunya, identificado pela primeira vez em África nos anos 1950, manifesta sintomas entre três a sete dias após a picada do mosquito, sendo que a maioria das pessoas recupera em cerca de uma semana, embora algumas continuem a sentir dores por meses ou anos. Não existe tratamento específico, mas a vacinação é recomendada.
A propagação da dengue agrava-se devido à escassez de água potável, alimentos e medicamentos, refletindo uma das piores crises económicas que Cuba enfrenta nas últimas décadas.
Face ao aumento da presença destes mosquitos, a Comissão Europeia autorizou em fevereiro deste ano uma vacina contra o vírus chikungunya para adultos e jovens a partir dos 12 anos, medida semelhante à adotada em outros países afetados, como o Brasil.


