Um bebé morreu no útero da mãe, uma mulher de 43 anos, na fase final da gravidez, na Maternidade Daniel de Matos, em Coimbra. A família da grávida acusa a unidade hospitalar de negligência e falta de acompanhamento, tendo anunciado a intenção de avançar com uma queixa formal contra a Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra.
De acordo com o Correio da Manhã, a mulher era seguida na Maternidade Bissaya Barreto, onde realizou a última consulta na quinta-feira, 29 de outubro, sem que fossem detetadas anomalias. No fim de semana, começou a sentir-se mal e foi encaminhada para a Maternidade Daniel de Matos.
Segundo o relato da família, à chegada ao hospital os sinais vitais do bebé estavam normais, mas a mulher terá permanecido várias horas sem acompanhamento ou monitorização. Quando foi novamente observada, foi informada de que o bebé já não apresentava sinais de vida. A mesma fonte indica ainda que a grávida aguardou várias horas até ser submetida ao procedimento de retirada do feto e acabou por sofrer complicações, sendo levada ao bloco operatório na segunda-feira.
Em resposta, a ULS de Coimbra confirmou que a utente deu entrada na urgência da Maternidade Daniel de Matos no dia 1 de novembro, às 22h29, após um episódio de hemorragia em casa. A instituição esclarece que a paciente vinha sendo acompanhada regularmente na Maternidade Bissaya Barreto, com exames recentes “dentro da normalidade”.
A ULS refere que, após a entrada, foram realizados exames complementares e que a cardiotocografia detetou ausência de vitalidade fetal, o que foi confirmado por ecografia. A grávida foi informada, recebeu apoio psicológico e foi submetida a cesariana, também indicada por uma condição ginecológica pré-existente.
Os dados ecográficos e genéticos confirmaram sinais de morte fetal prévia, estando a instituição a aguardar o resultado da autópsia.
“A utente revela uma boa evolução pós-operatória, continuando internada e devidamente acompanhada. A ULS de Coimbra manifesta sincera empatia e solidariedade para com a mãe e a família”, refere a nota enviada pela unidade de saúde.
O Notícias de Coimbra contactou a ULS de Coimbra e continua a aguardar esclarecimentos adicionais.