Adriane Galisteu diz que ferida da morte de Ayrton Senna nunca será curada: “Não consigo esquecer”

Adriane Galisteu revelou que a dor pela morte de Ayrton Senna, com quem manteve um relacionamento de um ano e meio, continua viva mais de três décadas depois do trágico acidente que tirou a vida ao piloto brasileiro, em 1994. A apresentadora lança esta quinta-feira, 6 de novembro, na HBO Max, a série documental Ayrton Senna por Adriane Galisteu, onde revisita a relação com o tricampeão mundial e o impacto emocional que a perda teve na sua vida.

“Quis largar a série no meio várias vezes. Não queria cutucar essa ferida, já cutuquei na terapia há anos. Por que vou cutucar de novo? Vou colocar o dedo e vai sangrar. Não queria”, confessou Galisteu em entrevista ao Terra. “Essas feridas não estão curadas e nunca serão. Elas estão guardadas. Essas gavetas foram trancadas por mim porque não queria mexer nelas e queria esquecer isso. Mas a gente não consegue esquecer.”

A apresentadora contou que só decidiu avançar com o projeto graças ao apoio do marido, o empresário Alexandre Iódice, que a encorajou a partilhar a história. “Ele disse: ‘Ou você vai contar agora, ou você não vai contar mais. Eu, como fã e seu marido, estou pedindo para você contar’. Comecei a ouvir e percebi que ele tinha razão”, relatou.

A série, dividida em dois episódios, mostra a relação de Adriane com Senna e traz depoimentos de pessoas próximas ao casal, incluindo Luíza Eugênia Konder, viúva do empresário Antônio Carlos de Almeida Braga, conhecido como Braguinha. O empresário foi quem apresentou Galisteu a Senna e a acolheu em Portugal após a morte do piloto.

“Quis colocar gente importante na vida do Ayrton, que de alguma forma foram muito importantes na minha. Perdi muita gente nesse processo. Quem continuou comigo, mesmo que distante, está todo mundo aí”, afirmou a apresentadora.

Galisteu descreve o relacionamento com Senna como um “conto de fadas às avessas” e diz que a série é uma forma de homenagem ao piloto e ao período marcante da sua vida. “É uma Adriane muito vulnerável. As pessoas precisam entender essa menina de 19 e 20 anos. Fiz com todo amor do mundo, com muito medo, mas confiando nos profissionais envolvidos”, concluiu.

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